
A secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Carmen Pignatelli, e o secretário de Estado da Segurança Social + , Pedro Marques, estiveram em Viseu a celebrar novos acordos no âmbito da rede, com as Misericórdias + de Castro Daire, Santa Comba Dão e Oliveira de Frades, para mais 70 camas.
«Prevemos chegar a finais de 2008 com cinco mil camas na rede», afirmou Carmen Pignatelli durante a cerimónia, sublinhando que, pela primeira vez em trinta anos, se está «a iniciar a implementação de novas práticas de apoio ao cidadão baseadas na visão integral do indivíduo e nas suas múltiplas dimensões».
«No que diz respeito à intervenção do Ministério da Saúde + é a primeira vez, em trinta anos, que estamos efectivamente a apoiar os agentes locais no desenvolvimento de estruturas e de novas competências para o apoio ao cidadão na promoção da sua autonomia e inserção na comunidade», frisou.
Carmen Pignatelli lembrou que, ao longo de séculos, eram as mulheres as «cuidadoras informais» dos doentes.
No entanto, devido à taxa elevada de mulheres que trabalham fora de casa (62%), «a rede de cuidadoras informais desapareceu da sociedade portuguesa» e os dois ministérios «tiveram de fazer face a esse desafio».
Lembrou, no entanto, que a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados é «um programa pensado para dez anos», porque «a mudança complexa leva tempo» e o modelo definido «estabelece os parâmetros de uma ambiciosa inovação organizacional» para os Cuidados de saúde + e apoio social, com o objectivo de promover «ganhos em saúde».
A governante referiu que outro tipo de resposta a apoiar serão «as equipas comunitárias de apoio em cuidados domiciliários», que se deslocarão a casa dos doentes que têm condições para aí permanecerem, sem necessitarem de internamento.
O secretário de Estado da Segurança Social, Pedro Marques, lembrou que a rede começou com experiências piloto em 2006 - no distrito de Viseu em Tarouca, Mortágua, Nelas e Resende - e que actualmente se está «na fase de consolidação», alargando a rede «de forma exemplar».
Segundo disse, foram já canalizados para a rede «mais de mil milhões de euros dos impostos», o que considera uma boa aplicação do dinheiro dos portugueses.
Por outro lado, realçou que está a ser dado «equilíbrio territorial», com a criação de novos postos de trabalho em todo o país.
Fonte: Diário digital