Nas últimas quarto semanas, três pessoas, em média, dirigiram-se diariamente ao banco de Urgências do Hospital Central do Funchal + para aliviar os efeitos das picadas de Mosquitos + .O número não é oficial mas, segundo foi possível apurar junto de várias fontes e, sobretudo, tendo em conta os muitos casos relatados ao DIÁRIO, a média referida está muito próxima da que efectivamente se vem verificando na realidade.
Diariamente, pessoas de todas as idades procuram o Serviço de Urgência + s à procura de ajuda médica para aliviar os sintomas de irritação cutânea (reacções "exuberantes", com vermelhidão, inchaços e feridas com pus) originados pela picada do mosquito 'Aedes Aegypti + ', mas que são agravadas pelo acto de coçar a pele.Instado, ontem, a comentar este cenário de aumento, o director clínico do HCF, o médico João Manuel Rodrigues, revelou não possuir dados na ocasião que pudessem confirmar tal média.
O responsável clínico reconheceu que "todos os dias" o Serviço de Urgências é procurado por pessoas com queixa dos mosquitos, mas recusou falar num "acréscimo".
Sem um "gráfico" para ajudar na sua explicação, o clínico preferiu observar apenas que os números reflectem uma "procura continuada nos últimos quatros meses de Verão", nomeadamente por parte de pessoas mais sensíveis aos efeitos decorrentes das picadas.
Instado a comparar o movimento deste Verão com igual período do ano passado, João Manuel Rodrigues, ressalvando mais uma vez que não estava na posse dos dados estatísticos, deixou transparecer que a procura por ajuda hospitalar será maior.
Antes, lembrou, só se falava em Santa Luzia. Agora sabe-se que o mosquito já está presente noutras zonas da cidade.
João Manuel Rodrigues fez depois questão de explicar que nenhuma das pessoas que procuraram ajuda hospitalar apresentou outros sintomas que não os que resultam em Alergia + s ou reacções cutâneas provocadas pela saliva dos mosquito e que, em muitos casos, são agravadas quando se coça em excesso a zona da pele picada.
Por outro lado, observou que o HCF, tal como qualquer outro hospital que segue as regras, possui as condições necessárias para internar um paciente que eventualmente tenha contraído uma das doenças tropicais (Malária + , febre amarela ou outras) de modo a isolá-lo convenientemente para assim se impedir a disseminação da doença que o mosquito 'Aedes Aegypti' é capaz de levar a cabo.
Fonte: Diário de Notícias
