A investigadora do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, Isabel Leal Barbosa, revelou hoje que os dois IPO (Lisboa e Porto) já importaram 50 unidades de sangue de cordão umbilical para transplantes.
Isabel Leal Barbosa, que falava na Universidade Fernando Pessoa + , no Porto, no V Simpósio de Análises Clínicas e Saúde Pública, referiu que apenas seis unidades de sangue colhidas nos IPO (quatro no de Lisboa e duas no do Porto) foram utilizadas para transplantes em familiares dos dadores.
A investigadora explicou que o IPO/Porto já está a colher sangue do cordão umbilical desde 1993 (e a congelar desde 1998), mas apenas de grávidas que tenham familiares com indicação para transplante («dádivas dirigidas»), maioritariamente crianças com Leucemia + .
Das dezenas de unidades congeladas pelo IPO/Porto, só duas foram utilizadas em transplantes, por se terem revelado compatíveis com o sangue dos familiares doentes.
Isabel Leal Barbosa destacou a importância que virá a ter o banco público de sangue de cordão umbilical (Lusocord) proposto pelo IPO/Porto e pelo Centro de Histocompatibilidade.
O Lusocord irá colher e congelar, gratuitamente, «dádivas não dirigidas» de sangue de cordão umbilical, perdendo a grávida qualquer direito sobre essas Células estaminais + , uma vez que serão destinadas a qualquer doente compatível.
«Pretendemos não estar tão dependentes do estrangeiro», afirmou a investigadora, referindo que a entrada em funcionamento do Lusocord está dependente apenas da aprovação pelo Ministério da Saúde + e Alta Autoridade para a Transplantação.
Isabel Leal Barbosa afirmou que, logo que o Lusocord seja aprovado, será lançada uma ampla campanha de apelo à dádiva altruísta de sangue de cordão umbilical.
No final da palestra, a investigadora disse à agência Lusa que o objectivo é chegar às 5.000 unidades de cordão umbilical congeladas, quantidade mínima para que o processo seja «economicamente viável».
«A manutenção de um Banco de sangue + é cara. Precisamos da ajuda de mecenas e do Ministério da Saúde», afirmou Isabel Barbosa, acrescentando que cada colheita e congelação custa cerca de 500 euros, sem contar com o equipamento e a sua manutenção.
Isabel Leal Barbosa sublinhou que «não há concorrência» entre os bancos públicos dos vários países, porque «os preços são estabelecidos internacionalmente» pelo Netcord, que escolhe o dador que, a nível mundial, é o mais compatível, independentemente do local onde esteja.
A investigadora referiu que, enquanto não houver um banco público, a grávida que quiser congelar o sangue do cordão umbilical tem de recorrer aos «vários bancos privados» que têm surgido em Portugal.
Isabel Leal Barbosa criticou a «grande publicidade» que bancos privados fazem à colheita de sangue do cordão umbilical, apresentando-a como «seguro de vida» para o próprio e não como uma dádiva altruísta para qualquer ser humano que venha a precisar daquelas células.
A investigadora sublinhou que a probabilidade desse sangue vir a ser usado pelo próprio dador é «bastante limitada», resumindo-se a situações como a de um eventual enfarte do miocárdio aos 50 anos ou doenças degenerativas no fim da vida.
Isabel Leal Barbosa disse esperar que Portugal venha a alcançar um nível de dádivas altruístas de sangue de cordão umbilical semelhante ao registado pela Medula óssea + .
Segundo a investigadora, Portugal ocupa o terceiro lugar na Europa em número de dadores de medula óssea, posição alcançada em apenas quatro anos.
Fonte:Diário Digital / Lusa
Isabel Leal Barbosa, que falava na Universidade Fernando Pessoa + , no Porto, no V Simpósio de Análises Clínicas e Saúde Pública, referiu que apenas seis unidades de sangue colhidas nos IPO (quatro no de Lisboa e duas no do Porto) foram utilizadas para transplantes em familiares dos dadores.
A investigadora explicou que o IPO/Porto já está a colher sangue do cordão umbilical desde 1993 (e a congelar desde 1998), mas apenas de grávidas que tenham familiares com indicação para transplante («dádivas dirigidas»), maioritariamente crianças com Leucemia + .
Das dezenas de unidades congeladas pelo IPO/Porto, só duas foram utilizadas em transplantes, por se terem revelado compatíveis com o sangue dos familiares doentes.
Isabel Leal Barbosa destacou a importância que virá a ter o banco público de sangue de cordão umbilical (Lusocord) proposto pelo IPO/Porto e pelo Centro de Histocompatibilidade.
O Lusocord irá colher e congelar, gratuitamente, «dádivas não dirigidas» de sangue de cordão umbilical, perdendo a grávida qualquer direito sobre essas Células estaminais + , uma vez que serão destinadas a qualquer doente compatível.
«Pretendemos não estar tão dependentes do estrangeiro», afirmou a investigadora, referindo que a entrada em funcionamento do Lusocord está dependente apenas da aprovação pelo Ministério da Saúde + e Alta Autoridade para a Transplantação.
Isabel Leal Barbosa afirmou que, logo que o Lusocord seja aprovado, será lançada uma ampla campanha de apelo à dádiva altruísta de sangue de cordão umbilical.
No final da palestra, a investigadora disse à agência Lusa que o objectivo é chegar às 5.000 unidades de cordão umbilical congeladas, quantidade mínima para que o processo seja «economicamente viável».
«A manutenção de um Banco de sangue + é cara. Precisamos da ajuda de mecenas e do Ministério da Saúde», afirmou Isabel Barbosa, acrescentando que cada colheita e congelação custa cerca de 500 euros, sem contar com o equipamento e a sua manutenção.
Isabel Leal Barbosa sublinhou que «não há concorrência» entre os bancos públicos dos vários países, porque «os preços são estabelecidos internacionalmente» pelo Netcord, que escolhe o dador que, a nível mundial, é o mais compatível, independentemente do local onde esteja.
A investigadora referiu que, enquanto não houver um banco público, a grávida que quiser congelar o sangue do cordão umbilical tem de recorrer aos «vários bancos privados» que têm surgido em Portugal.
Isabel Leal Barbosa criticou a «grande publicidade» que bancos privados fazem à colheita de sangue do cordão umbilical, apresentando-a como «seguro de vida» para o próprio e não como uma dádiva altruísta para qualquer ser humano que venha a precisar daquelas células.
A investigadora sublinhou que a probabilidade desse sangue vir a ser usado pelo próprio dador é «bastante limitada», resumindo-se a situações como a de um eventual enfarte do miocárdio aos 50 anos ou doenças degenerativas no fim da vida.
Isabel Leal Barbosa disse esperar que Portugal venha a alcançar um nível de dádivas altruístas de sangue de cordão umbilical semelhante ao registado pela Medula óssea + .
Segundo a investigadora, Portugal ocupa o terceiro lugar na Europa em número de dadores de medula óssea, posição alcançada em apenas quatro anos.
Fonte:Diário Digital / Lusa