
Por ano, seis mil milhões de injecções são aplicadas com seringas ou agulhas já utilizadas e não esterilizadas, o que representa 40 por cento do total das injecções administradas nos países subdesenvolvidos, segundo dados da OMS, que avança que em alguns países, a percentagem atinge quase os 70%.
Segundo a OMS, esta prática está na origem de 5% de todos os novos casos de contaminação com o vírus da SIDA e de dois milhões de novos casos de hepatite C detectados anualmente.
«A utilização de seringas de uma única utilização poderia evitar 1,3 milhões de mortes por ano no mundo, impedindo as infecções e as epidemias resultantes da má utilização das seringas não esterilizadas», adiantou a organização.
A Organização Mundial de Saúde solicita desde 1999 a administração correcta de todas as injecções, «mas a maior parte dos países não tem condições para recorrer às novas tecnologias de esterilização», de acordo com o comunicado.
As seringas mais baratas custam apenas 0,02 euros, contra os 0,10 euros que custam os modelos mais sofisticados e mais seguros.
A Organização Mundial de Saúde reuniu hoje, em Genebra, especialistas para um colóquio de três dias destinado a convencer os fabricantes a reduzir o preço das seringas.
Ao mesmo tempo, pretende chamar a atenção dos países, a nível mundial, para um cálculo mais efectivo das suas necessidades e das suas encomendas.
A instituição espera, ainda, estimular a transferência de tecnologia entre fabricantes dos países ricos e países desfavorecidos.
Fonte: Diário Digital / Lusa