Élvio Jesus, da Ordem dos Enfermeiros + , considera que tem de haver maior articulação entre os serviços pré -hospitalar e hospitalar. Defendeu-o, ontem, ao JM, quando instado a comentar a entrevista concedida anteontem por Eugénio Castro Mendonça, coordenador do SEMER. Apesar de apontar melhorias futuras, o representante da OE não tem dúvidas de que as prioridades de Eugénio Castro Mendonça são bem aceites por todas as classes envolvidas no socorro.O representante na Madeira da Ordem dos Enfermeiros está satisfeito com as intenções do Serviço de Emergência Médica, cujos objectivos prioritários passam por começar, já a partir do próximo mês de Fevereiro, a dar formação aos bombeiros e outros agentes afectos à emergência pré-hospitalar por forma a uniformizar procedimentos. Mas defende também que deve haver uma maior articulação entre os serviços pré-hospitalar e hospitalar.
Instado a comentar a entrevista que Eugénio Castro Mendonça concedeu, este fim-de-semana, ao JORNAL da MADEIRA, Élvio Jesus louvou o facto de o coordenador do SEMER querer colocar bombeiros, médicos, enfermeiros e outros profissionais envolvidos no socorro «a falar a mesma língua». Isto significa tão somente «que a população em geral fica a ganhar», defende Élvio Jesus.
Enaltecendo o trabalho que tem vindo a ser realizado por todo o grupo da Equipa Médica de Intervenção Rápida (EMIR + ), Élvio Jesus é de opinião que tem havido um esforço na melhoria do socorro, não «só da parte dos enfermeiros (que mais directamente me chamam a atenção por razões óbvias) como de toda a equipa médica e de bombeiros ».
Inflexibilidade
no transporte
Quanto a aspectos a melhorar, o responsável máximo na Madeira da Ordem dos Enfermeiros diz notar alguma inflexibilidade no transporte dos utentes entre o centro de saúde e a urgência hospitalar. Uma questão que não tem propriamente a ver com o SEMER ou com a EMIR mas sim com o Serviço Regional de Protecção Civil + em geral.
«Às vezes é preciso um determinado tipo de meio e é enviado outro. Dou um exemplo, às vezes, os bombeiros enviam uma ambulância medicalizada quando não havia justificação. Às vezes, o meio é excessivo para a situação em causa, há um acompanhamento desnecessário de um médico e de um enfermeiro quando estes fazem falta no centro de saúde», exemplifica Élvio Jesus, o qual realça, contudo, que este desperdício de meios deve ser pensado, posteriormente, quando avançar a empresa que vai gerir os bombeiros da Região.
Ainda no que toca a melhorias, Élvio Jesus defende uma maior articulação entre o pré-hospitalar e o hospitalar por forma a assegurar uma melhor continuidade de cuidados prestados aos utentes.
Recorde-se que, em entrevista concedida ao JM, Eugénio Mendonça afirmou que vão ser mudadas algumas linhas de intervenção no sentido de toda a equipa que trabalha na intervenção pré-hospitalar possa falar a mesma língua.
Tudo isto para que «o tratamento que prestamos a todos, seja igual, de modo a uniformizar-mos os nossos procedimentos e o atendimento às pessoas», afirmou.
Bruno Pereira de acordo
Regozijo com linhas de intervenção
O vice-presidente da Câmara Municipal do Funchal + elogia o facto de o responsável do Serviço de Emergência Médica Regional + (SEMER) ter como prioridade, a uniformização dos procedimentos de socorro. Bruno Pereira, que comentava a entrevista concedida ao nosso jornal pelo médico Eugénio Castro Mendonça (coordenador do SEMER desde 28 de Outubro de 2007), disse que todos os agentes da Protecção Civil e de emergência pré-hospitalar têm que estar completamente favoráveis e disponivéis para poder colaborar com a orientação expressa.
O vice-presidente, que tutela os bombeiros do Funchal, defendeu a necessidade constante na formação dos "soldados da paz". E, conforme adiantou, «quando estamos a falar de aperfeiçoar, os bombeiros têm de mostrar total disponibilidade para ir de encontro a esta exigência», sublinhou o autarca.
«Quando uma pessoa pede uma equipa mais homogenea, com equipamentos iguais por toda a Região, independentemente do sítio de onde vêm, só podemos nos regozijar com estas linhas de intervenção», defende o vice-presidente da Câmara Municipal do Funchal, o qual admite que, da parte dos bombeiros do Funchal, «tudo tem sido feito para que haja uma coordenação constante e permanente entre o Serviço Regional de Protecção Civil e os comandantes das corporações».
Fonte: JM