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terça-feira, 8 de janeiro de 2008

MAIOR ARTICULAÇÃO ENTRE O PRÉ E O HOSPITALAR

Élvio Jesus, da Ordem dos Enfermeiros + , considera que tem de haver maior articulação entre os serviços pré -hospitalar e hospitalar. Defendeu-o, ontem, ao JM, quando instado a comentar a entrevista concedida anteontem por Eugénio Castro Mendonça, coordenador do SEMER. Apesar de apontar melhorias futuras, o representante da OE não tem dúvidas de que as prioridades de Eugénio Castro Mendonça são bem aceites por todas as classes envolvidas no socorro.


O representante na Madeira da Ordem dos Enfermeiros está satisfeito com as intenções do Serviço de Emergência Médica, cujos objectivos prioritários passam por começar, já a partir do próximo mês de Fevereiro, a dar formação aos bombeiros e outros agentes afectos à emergência pré-hospitalar por forma a uniformizar procedimentos. Mas defende também que deve haver uma maior articulação entre os serviços pré-hospitalar e hospitalar.


Instado a comentar a entrevista que Eugénio Castro Mendonça concedeu, este fim-de-semana, ao JORNAL da MADEIRA, Élvio Jesus louvou o facto de o coordenador do SEMER querer colocar bombeiros, médicos, enfermeiros e outros profissionais envolvidos no socorro «a falar a mesma língua». Isto significa tão somente «que a população em geral fica a ganhar», defende Élvio Jesus.


Enaltecendo o trabalho que tem vindo a ser realizado por todo o grupo da Equipa Médica de Intervenção Rápida (EMIR + ), Élvio Jesus é de opinião que tem havido um esforço na melhoria do socorro, não «só da parte dos enfermeiros (que mais directamente me chamam a atenção por razões óbvias) como de toda a equipa médica e de bombeiros ».


Inflexibilidade
no transporte



Quanto a aspectos a melhorar, o responsável máximo na Madeira da Ordem dos Enfermeiros diz notar alguma inflexibilidade no transporte dos utentes entre o centro de saúde e a urgência hospitalar. Uma questão que não tem propriamente a ver com o SEMER ou com a EMIR mas sim com o Serviço Regional de Protecção Civil + em geral.


«Às vezes é preciso um determinado tipo de meio e é enviado outro. Dou um exemplo, às vezes, os bombeiros enviam uma ambulância medicalizada quando não havia justificação. Às vezes, o meio é excessivo para a situação em causa, há um acompanhamento desnecessário de um médico e de um enfermeiro quando estes fazem falta no centro de saúde», exemplifica Élvio Jesus, o qual realça, contudo, que este desperdício de meios deve ser pensado, posteriormente, quando avançar a empresa que vai gerir os bombeiros da Região.


Ainda no que toca a melhorias, Élvio Jesus defende uma maior articulação entre o pré-hospitalar e o hospitalar por forma a assegurar uma melhor continuidade de cuidados prestados aos utentes.


Recorde-se que, em entrevista concedida ao JM, Eugénio Mendonça afirmou que vão ser mudadas algumas linhas de intervenção no sentido de toda a equipa que trabalha na intervenção pré-hospitalar possa falar a mesma língua.


Tudo isto para que «o tratamento que prestamos a todos, seja igual, de modo a uniformizar-mos os nossos procedimentos e o atendimento às pessoas», afirmou.



Bruno Pereira de acordo
Regozijo com linhas de intervenção



O vice-presidente da Câmara Municipal do Funchal + elogia o facto de o responsável do Serviço de Emergência Médica Regional + (SEMER) ter como prioridade, a uniformização dos procedimentos de socorro. Bruno Pereira, que comentava a entrevista concedida ao nosso jornal pelo médico Eugénio Castro Mendonça (coordenador do SEMER desde 28 de Outubro de 2007), disse que todos os agentes da Protecção Civil e de emergência pré-hospitalar têm que estar completamente favoráveis e disponivéis para poder colaborar com a orientação expressa.


O vice-presidente, que tutela os bombeiros do Funchal, defendeu a necessidade constante na formação dos "soldados da paz". E, conforme adiantou, «quando estamos a falar de aperfeiçoar, os bombeiros têm de mostrar total disponibilidade para ir de encontro a esta exigência», sublinhou o autarca.


«Quando uma pessoa pede uma equipa mais homogenea, com equipamentos iguais por toda a Região, independentemente do sítio de onde vêm, só podemos nos regozijar com estas linhas de intervenção», defende o vice-presidente da Câmara Municipal do Funchal, o qual admite que, da parte dos bombeiros do Funchal, «tudo tem sido feito para que haja uma coordenação constante e permanente entre o Serviço Regional de Protecção Civil e os comandantes das corporações».

Fonte: JM