O Serviço Regional de Protecção Civil + e Bombeiros da Madeira vai adquirir até ao próximo mês de Julho um conjunto de equipamentos para acudir a situações de emergência. Em causa está uma tenda para emergência, uma bomba de alto débito para acorrer a situações muito especiais de cheias e uma viatura de telecomunicações e de comando.
Madeira vai adquirir mais meios de socorro
A Madeira irá ser apetrechada até ao próximo Verão, de um conjunto de equipamentos que visam acudir em situações de emergência decorrentes, sobretudo, de catástrofes naturais.
De entre os equipamentos definidos, existem três que são prioritários, garantiu ao JM o responsável pelo Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros da Madeira + (SRPCBM + ), coronel Luís Neri.
Em causa está uma tenda para emergência com capacidade para acudir a um grande número de pessoas, uma bomba de alto débito para acorrer a situações muito especiais de cheias e uma viatura de telecomunicações e de comando.
Neste sentido, os responsáveis da Região tiveram oportunidade de contactar com uma viatura semelhante que foi trazida de Canárias para que, na Madeira, pudessem ser feitos os estudos sobre as reais necessidades.
A intenção de aquisição destes equipamentos foi aferida no âmbito de uma reunião técnica que decorreu na RAM em Setembro de 2007. A compra decorre no âmbito de um projecto comunitário.
Este projecto, à semelhança de outros, visa apetrechar os arquipélagos da Madeira, Açores e Canárias dos meios necessários — materiais e humanos — para acudir a situações de emergência decorrentes, sobretudo, de catástrofes naturais.
Ao mesmo tempo, vai permitir que haja uma interajuda entre as três regiões, com a deslocação de meios.
Nesta fase, o Serviço Regional de Protecção Civil irá dar início aos procedimentos de aquisição dos diversos equipamentos, com a abertura de um concurso.
Tendo em conta que o projecto termina em Julho, é de esperar que a partir de então, os três arquipélagos estejam munidos dos meios necessários para acudir a situações internas e à ajuda exterior, neste caso, às regiões vizinhas.
Acções nos últimos meses
Formação visa novas realidades
Os projectos comunitários que visam apetrechar os arquipélagos da Madeira, Açores e Canárias dos meios necessários (materiais e humanos) para acudir a situações de emergência decorrentes, sobretudo, de catástrofes naturais têm visado acções de formação para que as forças envolvidas possam dar uma melhor resposta.
Ao longo dos últimos meses têm decorrido várias acções de formação, no âmbito destes projectos comunitários que visam dotar os formandos de diversas informações para que possam acudir em caso de necessidade, não só na RAM como, também, nas outras duas regiões envolvidas.
Recorde-se que em Outubro de 2007 estiveram reunidos no Funchal diversos responsáveis dos três arquipélagos, no âmbito do Curso sobre Catástrofes Naturais.
O curso inseriu-se no projecto comunitário Plano de Emergência Sanitária em Casos de Catástrofes na Macaronésia + — PLESCAMAC + , através do INTERREG III-B tendo em vista a concepção de um Modelo de Plano de Emergência Especial.
Coronel LuÍs Neri garante que serviço está em condições de desenhar proposta de projecto
Protecção Civil irá “traçar” novo plano regional de emergência ao longo de 2008
Ao longo deste ano, o Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros da Madeira vai dedicar-se ao novo plano de emergência para a RAM atendendo a que o actual “está desajustado”.
O plano de emergência em vigor na Madeira data de finais da década de 80, de modo que hoje em dia há realidades diferentes a diversos níveis, desde as Acessibilidades + , transportes aos meios de socorro, explicou ao JM, o responsável pela Protecção Civil, coronel Luís Neri.
De acordo com o responsável, e apesar daquele serviço não ter estabelecido datas, conta ter ao longo deste ano um primeiro “draft” da estrutura do plano regional de emergência.
Ao longo dos próximos meses será feito o levantamento de diversas informações de modo a que o Serviço de Protecção Civil tenha uma ideia do que pretende em termos de estrutura.
“Estas acções vão sendo feitas todos os dias, vamos recebendo e compilando informação e tentando ver o que se ajusta ou não de modo a podermos ter uma estrutura”, apontou Luís Neri.
No entanto, e de acordo com o responsável, “o que acaba por ser mais complicado é termos uma estrutura que possa servir toda a Região”.
Após ser concebida a estrutura do plano e haver a concordância de todos os intervenientes, será elaborado o plano propriamente dito, que deverá ser estrutural de modo a abranger todas as áreas.
Depois de, em 2007, o serviço se ter apercebido das necessidades de actualização, está agora em condições de começar a desenhar o que possa ser uma proposta de projecto.
Fonte: JM